A ariranha (Pteronura brasiliensis), também é conhecida como lontra-gigante,
Esse mamífero tem hábitos diurnos, seu tamanho varia entre 1,5 e 1,8 metro e pode chegar até 32kg.
A ariranha geralmente vive em grupos familiares entre 12 até 15 membros (veja no vídeo acima).
Esses grupos habitam ambientes de água doce. Buscam margens com declives suaves e vegetação densa onde constroem locas (pequenas tocas/esconderijos) e criam seus filhotes.
Ariranhas são exímios nadadores
Embora vivam nas margens dos rios, em terra firme, trata-se de um animal semiaquático.
Sua cauda robusta e achatada, e a presença de membranas interdigitais, localizadas entre os seus dedos, as auxilia na natação.
Essa sua habilidade na água possibilita que os rios sejam sua principal fonte de alimentação. Cada ariranha pode comer até 3 kg de peixes por dia.
Outras presas são raras, mas podem incluir caranguejos, anfíbios, pequenos mamíferos, moluscos e aves, além de presas maiores como tartarugas, cobras e até jacarés.
Boas de briga
Caçar cobras e jacarés já seria um bom sinal de bravura, porém não é toda. Em algumas áreas do Pantanal, têm sido registrados encontros em que grupos de ariranhas expulsam onças-pintadas das margens dos rios por meio de vocalizações de alarme e outros comportamentos agressivos.
Mas, apesar de toda essa força que vem em boa parte do fato de andarem em grupos, não podemos considerar a ariranha como um animal hostil.
O biólogo e fotógrafo de natureza, Daniel de Granville ( @danieldegranville), parceiro e amigo da Ambiental Turismo, é responsável por todas as imagens que ilustram essa postagem.
Ele lembra que, “desde que se respeite o espaço dos animais silvestres, saiba estar na natureza com cuidado e conhecimento dos hábitos deles, eles não oferecem risco”.
Daniel adverte que “o abuso, a aproximação além da conta, principalmente quando o animal está com filhotes, pode gerar alguma atitude agressiva de defesa”.
Ameaçadas
Consideradas como “em perigo” pela UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza), porém como “vulneráveis” de acordo com a lista nacional do ICMBio. As ariranhas sofreram uma forte redução em sua população nas últimas décadas.
As principais ameaças atuais à espécie são a destruição de habitats e a contaminação da água dos rios por agrotóxicos e metais pesados oriundos do garimpo, como o mercúrio, além da destruição das margens dos rios para a construção de hidrelétricas.
Onde ver?
As imagens que ilustram essa publicação são feitas no Pantanal. Enquanto você não viaja para lá, vai seguindo as páginas do Daniel no Instagram: @danieldegranville e @photoinnatur
Fontes de pesquisa para essa matéria:
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